sexta-feira, 16 de novembro de 2012

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Hoje apetece-me falar sobre o Facebook. Passo demasiado tempo no Facebook, ou no Face como lhe gosto de chamar, porque tenho de me entreter com qualquer coisa. Não aceito ser julgado por isso porque vos vejo a todos lá. Quantas vezes não dou por mim parado a olhar, à espera. Não tenho bem a noção de quê,  e na maioria das vezes fico com a sensação de que nunca chega.

Ultimamente tenho reparado em coisas. Uma delas é que já não sou eu que digo ao Facebook do que gosto, mas pelo contrario, é o Facebook que me diz a mim aquilo que eu gosto. E fá-lo de uma maneira tão subtil que nem me apercebo. Ao inicio vai por aquilo que gosto e diz: "isto é tão fixe como aquilo. tou-te a dizer!"; e um gajo ao inicio até diz que sim. Mas depois de umas vezes deixa de prestar atenção. Então o Facebook diz: "olha estas pessoas todas a fazerem like nesta cena. se não fizeres like, vais perder bue de coisas e depois não vais ser fixe". E isto funciona uma carrada de vezes até que já não interessa. É aqui que Facebook fica podre e diz: "olha aquela pessoa que fez like nisto", porque sabe que se calhar até queríamos ter uns likes em comum com certas pessoas.

À conta deste tipo de sugestões fiz like nas seguintes paginas:

- Queremos a mensalidade do tarifário MOCHE igual a saldo

- MY SISTER SAID IF I GET ONE MILLION FANS SHE WILL NAME HER BABY MEGATRON (teve 1,6 milhões de likes, mas afinal chama-se Dylan)
- Katyzinha
- Terrorists have two eyes, Pandas have two eyes. Coincidence? I think not.


O Face sabe onde estive, com quem estive e o que estive a dizer. "Conheces esta pessoa?" ou "Ramiro e Ramira conheceram-se neste evento." Para alem disso sabe o que vai acontecer, porque ao contrario de nós, comuns mortais, o Facebook como computador tem o poder de prever o futuro através de números. É muito provavel que a aplicação que prevê o dia da nossa morte esteja correcta. Já a da musica que liderava as tabelas no dia em que nascemos está errada, aviso já. 


No Facebook a ideia de cada utilizador é ter uma pagina, ou uma personalidade virtual, diferente das outras todas. Original. É uma palavra que adoro: Original. Perde o sentido a partir do momento em que a repetimos. Na vida real somos todos originais (excepção para os homens que se vestem de Cher), cada um com as suas manias e os seus defeitos. No mundo do Facebook somos todos uma pagina com letras, imagens e videos. O que todos todos queremos é likes comentarios e amigos. E porque nada diz original como a partilha, juntamente com outras 3 mil pessoas, de uma imagem partilhada por outra pessoa que diz: "eu sou original".


E já agora para terminar notificações de jogos do Facebook: parem por favor!




Nota: se repararem todas as vezes que escrevo Facebook, é com letra maiúscula. Mas não é por acaso como também não é de proposito. Se escrever com minúscula é marcado como erro e não gosto nada de ter um texto todo cheio de sublinhados vermelhos. 






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